Parece remédio, mas não é!
Não, esta não é uma seção nostalgia. Não vou linkar este post com um vídeo no Youtube, para a célebre e clássica peça (ta bom, confesso, procurei e não achei).
A frase “parece mas não é” ficou martelando minha cabeça. E logo fiz a seguinte leitura: será que tem marketeiro iludido achando que basta um bom conceito para vender um produto?
Explico melhor: o iPod tornou-se um sinônimo de categoria. Ninguém compra um MP3 Player. Tal fenômeno deu-se por inúmeras razões, dentre elas um excelente produto, com um estratégia de comunicação bem elaborada e executada. E é agora que vem o drama: porque nós ainda nos iludimos, ao conceber campanhas que simplesmente não se adequam ao conceito do produto e até, pasmem, da própria empresa.
Vou mais fundo ainda. Essa multinacional holandesa de eletrônicos por exemplo, quer nos vender uma campanha corporativa global sobre a simplicidade. Você já tentou usar um menu de configuração de uma TV de LCD? Tente algo mais simples, programar um DVD? Foi triste ver meu avô perdido no controle remoto, quanto tudo que ele queria era aumentar o volume da TV.
Eu tenho uma séria resistência a empresas que tentam vender algo que elas não são. A Apple tem tanto sucesso com seus produtos porque design e inovação são palavras cravadas no seu DNA. Não adianta posicionar seu produto “iPod alike” se ele não representa este conceito.
Quer mudar a maneira como os consumidores vêem seus produtos? Mude a forma de pensar e agir dentro de casa. Senão será apenas mais dinheiro jogado pela janela.
4 comentários:
aeee, Tig!
Muito bom mesmo, mas a falta do vídeo não me deixou entender nada! hahahaha
Qual o nome da empresa? E o produto?
Fala alguma coisa aí pra clarear um pouco a história.
Valeu!
=D
Acredito que você demonstra certa resistência porque você se encontra do outro lado da moeda. Você não é somente consumidor, mas é também o “fazedor de campanhas”. Não acho que o mesmo aconteça com quem é apenas consumidor. Acredito sim que é possível fazer campanhas e vender produtos baseando toda a comunicação em algo que não se adequa ao conceito do produto. Logicamente que o consumidor se sentirá lesado quando perceber que comprou um “parece, mas não é”. Mas somente se sentirá assim quando já estiver com sua LCD em casa, quando já tiver comprado o produto.
Um bom exemplo disso é o próprio Ipod. Ele é um “parece, mas não é”. Ele simplesmente NÃO É o melhor produto da categoria. Ele não roda MP3 que não passem antes pelo Itunes, ele somente recarrega a bateria quando ligado ao computador. Ele não é simples, ele não é prático. Mas ele é o Ipod, e isso basta pra que pensemos que ele é o melhor MP3 player atualmente. Se realmente analisarmos o case Ipod, ele é um possível caso de propaganda enganosa.
O problema aqui é, ao se realizar uma comunicação baseada naquilo que o produto não é, ferimos um conceito ético. MENTIMOS para o consumidor. Acho que o ponto aqui é muito mais do que adequarmos ou não o conceito do produto ou da empresa à comunicação a ser realizada. Ao não vendermos o que o produto é, mentimos. E, correndo o risco de simplificar em demasia esse assunto... se ganhamos dinheiro mentindo, roubamos. E roubo é, creio eu, um fardo que nenhum profissional de mkt bem intencionado deseja carregar.
É isso, eu acho.
Bjunda.
Felipe, gostei do seu ponto. Acho que concordamos em tudo.
O texto não deveria tratar apenas da questão do produto, mas sim da promessa das campanhas que prometem o que não está no DNA das marcas.
Concordo contigo que algumas campanhas até conseguem transformar a percepção de algumas marcas, mas tbm acredito que as transformações deveriam ser dentro pra fora.
Quando pegamos uma Philips, por exemplo, Sense and simplicity não reflete a complexidade de um manual de gravador de DVD, com suas siglas HDMI, S-Video, Pixel Plus e etc...
Que bom que começamos em grande estilo, nada como participação colaborativa. Viva a nova web:::
E eu continuo boiando sobre a campanha que o Tig falou.
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