Bom conselho

Discursos de formatura costumam ser longos, repletos de citações e muitas vezes, são meio piegas. Mas sempre tem aquele que se supera e sabe exatamente o que dizer. Tem o do Guanaes que virou figura fácil em e-mails de correntes e esses dias acabei descobrindo o texto do Steve Jobs pra formatura da Stanford.

No meio de clichês como “nunca desista”, “acredite nos seus sonhos” e “viva o hoje como se fosse o último dia da sua vida”, uma coisa me chamou a atenção e foi a sua teoria sobre “ligar os pontos”.

Quando o futuro criador da Apple desistiu da faculdade e não tinha mais o que fazer da vida, começou a fazer cursos que achava interessante pra ele. Um deles foi o de caligrafia. Ali ele aprendeu sobre fontes com e sem serifa, espaçamentos e sobre o que torna uma tipografia boa. Lindo, fascinante, mas nada que pudesse ser aplicado na vida do pobretão Steve.

Até que dez anos depois, na época da criação do 1o Macintosh, Jobs se lembrou das velhas aulas e colocou tudo no visual do Mac, foi o primeiro computador com uma tipografia bonita, cheio de fontes múltiplas e proporcionalmente espaçadas. Não fosse o "inútil" curso de caligrafia, o Mac não teria a cara que tem hoje e que certamente é um dos principais diferenciais para a legião de admiradores da marca.

A lição que ele deixou e que eu sempre acreditei é: “conhecimento nunca é demais”. Porque tem coisa que a gente aprende que acha descartável, ensinamentos que podem não ser úteis ou lucrativos, mas que sempre servem pra nos enriquecer internamente. E quem sabe um dia, nos ajude a ligar os pontos.

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Você tem que encontrar o que você ama, Steve Jobs
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