domingo, março 25, 2007

A mais bonita

Estar na moda é pertencer a um grupo. E não estar também é. Poucas coisas além dela diferenciam tanto as diferentes “tribos” e estilos de vida que existem por aí. Se antes as roupas eram usadas apenas para nos proteger do frio, hoje elas são símbolos de status, um item para ser ou não “aprovado”.

Porque a moda é a melhor maneira não-verbal de identificar um indivíduo, de descobrir sua personalidade, sua posição na sociedade. Uma linguagem composta de sinais, símbolos e ícones, como marcas, cortes de cabelo e estampas. Exatamente por isso, ela se apropria de temas de diversas áreas humanas, da música, artes plásticas, passando por tecnologia, gastronomia e até política.

Uma das formas de expressão humana que melhor refletem a nossa cultura. Tudo muda, muito rápido. As coleções são trocadas duas vezes por ano (o que já se estuda abolir, como a Zara, que produz novidades a cada 2 semanas), o que é bonito vira feio em meses, semanas... O que há de mais ansioso e imediatista no pós-modernismo está na moda. A sua atualização constante é sua força motriz, ela precisa se reinventar sempre para sobreviver. É o maior exemplo das mudanças pelos quais passamos constantemente, do “caldo cultural” em que mergulhamos.

Eco-friendly, hippie-chic, bio-artificial, minimals, grups... os rótulos mudam e se ramificam em diversos outros estilos. E acabam por retornar à fonte em que beberam, influenciando e se confundindo com a própria filosofia de vida atual.

Até onde a moda será capaz de se reinventar?



Quer saber mais?
What is Fashion? | Fashion Era
Marketing de Moda
Fashion Bubbles
Fashiontribes.com

5 comentários:

Felipe Quaglietta disse...

Pra mim, a moda é bastante simples. Existe o que é e existe o que não é. Se há poucos anos calças jeans femininas tinham uma sutil boca de sino, hoje as barras das calças são as mais justas que você pode imaginar. A moda é até bastante óbvia: é facílimo prever tendências. O que se usa hoje é o que não se usará amanhã. Simples assim. E a variação destas tendências está, em 90% dos casos, entre o certinho e o rebelde. Uma mera análise das vestes características de cada década mostra isso com clareza: anos 60? Beatles. Terninho e cabelo ridiculamente “tigélico” e impecável. Anos 70? O mais doido e psicodélico possível. E por aí vai.

O que acontece é que com essa loucura imediatista pós-moderna, que foi trazida pela internet e pelas demais tecnologias e inovações globalizantes, o prazo das mudanças entre as tendências, entre o certinho e o rebelde, fica cada vez menor. E quando este prazo se torna ridiculamente pequeno, como o prazo entre as novidades da Zara, certinho e rebelde começam a se amalgamar. Chegará o dia (um ano? Talvez menos.) em que essa mistura será tão forte que não mais será possível identificar as tendências. E nesse dia, você poderá usar o que quiser. E foda-se. Então, que essa mistura chegue (mais) rápido!

Conrado Ruggieri disse...

Sem limites. Ainda mais com o que vem acontecendo por aqui, ou ali.

bu disse...

A moda é um ciclo infinito. Como a publicidade, os fabricantes de carro... como os poemas tão diferentes escritos a cada dia sobre o amor.
Daqui a pouco é só re-reiventar.
Post massa, Gai!

Agatha disse...

não sei se é tão possível simplificar a moda. talvez vc esteja certo, e no fundo, tudo se divida entre o "certinho" e o "rebelde", mas acho difícil que chegue tão rápido o dia em que as tendências não sejam diferenciáveis e que cada um será capaz de usar o que quiser.
pois acho que faz parte da natureza julgar as aparências, e a menos que o mundo mude MUITO, as roupas vão ser o principal chamariz para esse julgamento...

valeu os comments!
=)

Felipe Quaglietta disse...

É, Gai... Eu também não acreditava nessa velocidade exagerada da mudança da moda... foi aí que eu lembrei que a distância entre Britney Spears e Nirvana é de uns 5 anos, mais ou menos... As coisas pararam de andar na velocidade que a gente conhecia... mas vamo ver no que vai dar, né?

E concordo com a Bu. Ótimo post!