sexta-feira, abril 27, 2007

Bandas criativas no YouTube

Depois do famosíssimo videoclipe da banda OK Go onde os integrantes da banda dançavam sobre esteiras eletrônicas, ficou explícito o imenso potencial do YouTube para promover artistas criativos a baixo custo. O videoclipe, com custo próximo de zero, rendeu à banda mais de 25 milhões de views em poucas semanas.

E esse vídeo da banda ShitDisco, será que tem potencial pra alcançar esses mesmos números? Opine! Bom, criatividade não falta...

(Com áudio)

terça-feira, abril 24, 2007

Paratodos



Fato. A moda é um negócio. E pra se vender, ela se vale de tendências que vão e vêm mais rapidamente do que as modelos nas passarelas. Não apenas tendências puramente estéticas, mas também, mercadológicas.

No Fashion Marketing 2007, muito se falou de alguns artifícios que as marcas têm se utilizado tanto para aumentar o consumo quanto o culto aos seus nomes. Algumas dessas você já deve ter visto, mas talvez não soubesse que já eram um conceito com nome e tudo no mundinho fashion... veja só:

Masstige ou mass prestige: a massificação do prestígio das grandes marcas, através da oferta de produtos mais acessíveis, como pequenos acessórios. Assim, a consumidora que não tiver US$ 1.650 para gastar em uma bolsa Marc Jacobs chiquérrima, pode pagar módicos US$ 58 por um guarda-chuva Marc by Marc Jacobs ou US$ 5 por um porta-band-aid.

Crossbranding: união de marcas populares a marcas mais sofisticadas, ou seja, roupas com "assinatura" e preço mais acessível. Aqui no Brasil, já teve C&A by Marcelo Sommer e Zêlo by Alexandre Herchcovitch.

Fast-fashion ou coleções cápsulas: como já foi dito antes, é a tendência das marcas lançarem pequenas coleções pelo ano, ao invés das habituais coleções de verão e inverno. É um conceito em alta principalmente nas grandes lojas como Zara e H&M que aproveitam o burburinho dos desfiles e lançam peças bem parecidas com as produzidas pelos designers, mas com preços mais compatíveis com o bolso do consumidor "normal". Peças quase descartáveis, por sinal.

Tudo isso pra democratizar mais a moda e trazer um pouquinho de glamour aos pobres mortais...

Quer saber mais?
Você é o que você compra | Glamurama
Moda - Update or Die
Oficina de Estilo

Colaboração online no Brasil










A moda é colaborar. A matéria da Time, que elegeu Você como a personalidade do ano, parece ter dado o empurrãozinho que faltava para o usuário médio se conscientizar que nessa nova web é ele quem tem que gerar o conteúdo. Projetos colaborativos emplacam em todo o mundo: vídeos, conhecimentos gerais, habilidades, patrocínio de bandas, conhecimentos do dia-a-dia, livros de design, perguntas e respostas.

O mais bacana é ver que o Brasil está se esforçando para não ficar para trás nessa onda. O DicaSP, o completíssimo ViajeAqui e o recém-criado Meu Cardápio são bons exemplos de ferramentas colaborativas transportadas para a nossa realidade. Mas qual não foi minha surpresa quando descobri que até o Cybercook (site de receitas há mais de 10 anos no ar) foi redesenhado e se transformou em uma grande comunidade de receitas e dicas culinárias, crescendo a cada dia. É isso aí, melhor para nós. Isso porque dizem que "somente 1% dos usuários participa". Imaginem se a moda pega =)

Conhece mais projetos colaborativos brazucas? Deixe um comentário com o link!

domingo, abril 22, 2007

Hollywood



High School Musical é um musical sobre dois adolescentes que não têm nada a ver um com o outro e acabam se apaixonando. Um “Grease” teen e piorado. Sem o charme do John Travolta e da Olivia Newton-John, e ainda por cima, produzido pela Disney para a TV. Mas críticas cinéfilas à parte, tornou-se uma franquia de sucesso, tanto quanto Harry Potter ou Rebelde.

O filme bateu o recorde de audiência na TV em sua estréia, fora os DVD's vendidos, e coleciona prêmios como o Emmy e o DGA, assim como a trilha-sonora, que tem milhões de cópias vendidas no mundo todo. É um multi-fenômeno.

Uma prova da força de uma nova geração de consumidores multimídia. Nascidos nos anos 90, são jovens acostumados a lidar com diversas mídias ao mesmo tempo, pois a utilizam não só para se informar, como faziam as gerações anteriores, mas também para se socializar e se divertir. Assim, eles carregam Troy e Gabriella, personagens do HSM, no celular, no iPod, nos cadernos do colégio, no fundo de tela do Messenger e pagam até 600 reais para vê-los no show...



Mas embora o comportamento esteja de acordo com a nossa época, no fundo, ainda somos “como nossos pais”. E a cultura de massa continua se apropriando de elementos comuns reciclados para criar grandes produtos de consumo. Reproduzem estereótipos e trabalham sobre lugares-comuns, como a “nerd” e o “brutamontes” que vão contra tudo e todos para finalmente, viver um grande amor.

Sendo bem pessimista, é um dos maiores exemplos de uma indústria que continua a homogeneizar e alienar. Afinal, a “cultura” é o ópio do povo...

Quer saber mais?
Y-Trends - Tendências . Comportamento . Consumo Jovem
Generation M: Media in the lifes of 8-18 years old
Identidades culturais na pós-modernidade

sexta-feira, abril 20, 2007

Mais um Flash Mob











Pra quem não conhece o termo “Flash Mob”, trata-se de um evento combinado pela internet (por um bando qualquer de bem-humorados desconhecidos) que acontece de surpresa em um lugar público.

Eis que há algumas semanas organizaram em Londres uma “rave silenciosa”. Isso mesmo. Cada participante levou seu próprio fone de ouvido e dançou "a valer". O resultado é, no mínimo, bizarro.

Quer mais?
Flash mob brasileira: "As cataratas do Niágaras
Flash mob japonesa: "O batalhão de 100"

Update: Flash mob na Polônia (via Update or die)

quinta-feira, abril 19, 2007

É hora de ficar com medo?

É, a compra do YouTube pelo Google gerou muito mais discussão, mas acredito que a aquisição da DoubleClick vai gerar uma revolução no mercado.

Quem lembra do Urchin? Era um software de sucesso que fazia o tracking das campanhas de publicidade online. Era pago, e hoje se tornou o Google Analytics, um serviço fantástico e gratuito. Com a DoubleClick pode acontecer o mesmo, daqui um tempo provavelmente teremos o serviço de AdServer gratuito.

É...mas o que é AdServer? É um serviço que faz a entrega das peças, controla a quantidade de impressões e tem algumas funções que ajudam na segmentação da campanha.

E como isso vai afetar o mercado? Bem, o Google sabe que a mídia gráfica é tão importante quanto o seu modelo de negócios, Links Patrocinados e AdSense, e muito mais atraente quando se trata de branding, então por que não entrar de cabeça nessa área também?

Com a utilização de um AdServer gratuito, muitas empresas, agências e veículos terão um controle maior sobre suas campanhas e conseguirão mensurar melhor seus investimentos. Será um passo importante pra tentar tirar do mercado os sites (veículos) que utilizam robôs pra gerar e vender uma falsa audiência, gerando péssimos resultados nas campanhas e denegrindo a imagem da publicidade online, além de desbancar agências que camuflam relatórios de entrega de suas campanhas. Querendo ou não, grande parte do mercado de internet ainda é amador, acredito que, caso tenhamos um Adserver gratuito, isso ajudará muito a tornar o mercado de internet mais profissional, eficiente, e quem sabe atrair maiores investimentos para a mídia online.

Ah, isso sem falar no Long Tail. Há também a possibilidade das peças gráficas começarem a ser comercializadas por leilão, como se faz no AdWords. Vai ser interessante ver pequenos anunciantes com banners por toda rede adsense!

Minha expectativa é de que com um AdServer gratuito, teremos acesso a informações mais concretas e não manipuladas sobre os veículos, além de ter em mãos outros dados além de pageviews para fazer um planejamento de mídia online.

Talvez isso nem se torne gratuito, e tudo que disse foi besteira e em vão. Mas caso contrário, será que não é hora do Yahoo! e Microsoft ficarem com um pouco mais de medo do Google?

quarta-feira, abril 18, 2007

Flash + Vídeo: por que não?











Depois de muitos megabytes baixados, consegui visitar e selecionar 5 hotsites bacanas que utilizam vídeo em sua interface para criar uma experiência mais rica para o usuário.

Aqui vão os links (recomendo abrir um por vez para não travar seu navegador):
Nokia - The Passenger
Ford Vehicles: Boredom Hurts - New 2008 Ford Escape is the Cure!
Your World by adidas
Splat the mat
Novo Golf - Prazer de dirigir

Curioso (ou não) que apenas 1 deles seja nacional. E ainda assim, o vídeo não foi produzido no Brasil e a interação flash/vídeo é consideravelmente menor do que nos outros. Estranho que no Brasil, um país tão criativo no que diz respeito à internet, essa tendência de unir flash e vídeo ainda não pegou.

Você concorda?SimNão

Bom, vamos ver o que os leitores do AdRulez acham. Quem tiver links de sites nacionais que utilizam esse recurso, deixe um comentário =)

terça-feira, abril 17, 2007

Você acredita no Second Life?


Hoje cedo o IG reuniu algumas pessoas do mercado publicitário brasileiro para anunciar oficialmente a chegada do Second Life no Brasil. Aqui em nosso país teremos a primeira adaptação do programa para o idioma local, tutoriais de como usar desenvolvido de acordo com hábitos de navegação do brasileiro, possibilidade de comprar "Linden" por boleto bancário ou cartão de crédito nacional, entre outras coisas.

Durante o evento, e conversando com as pessoas que lá estavam participando comigo, alguns questionamentos foram feitos que implicariam no sucesso ou não do programa aqui no Brasil. Como não sou jornalista e não precisaria ser imparcial ou apenas informativo, vou dar minha opinião.

Como profissional de web, que atende contas online, questiono pontos como:

- Para entrar no Second Life é necessário um bom computador que atenda várias especificações, pois do contrário você corre o risco de ser uma mancha cinza olhando para vários polígonos cinzas. Se no Brasil ainda temos uma barreira de internautas com acesso a banda larga, quem dirá usuários com computadores como os necessários.

- Suponhamos que eu trabalhe na agência que atenda a conta do banco HSBC, e imaginemos que esse banco seja detentor da cota única do seu segmento nos Estados Unidos, com uma campanha toda desenvolvida nesse mundo virtual. Se aqui no Brasil o dono da cota única for o Bradesco, como faço uma campanha mundialmente alinhada? O Second Life não é um programa globalizado?

- Segundo os palestrantes, 41% do público é formado por mulheres, e ainda a média de idade dos usuários é de 33 anos. Se, como eles mesmos explicam, não são necessários muitos dados para cadastro e o programa proporciona você ter a liberdade que quiser em um outro mundo, como saber se esse público é realmente quem diz ser? A propaganda vai atingir quem ela acha que está impactando?

Entre outros pontos, esses já são suficientes para eu não me sentir seguro em oferecer aos meus clientes. Não posso dizer que não vai funcionar, mas pelo menos por enquanto me parece que tem mais impecilhos do que propulsores para essa "rede de relacionamento" ir para frente.

Pessoalmente, como consumidor que tem atividades cotidianas e será alvo do Seconde Life, devo admitir que tenho receio de encontrar alguém beijando o monitor e com tendinite por esforços repetitivos. Eu realmente espero que as pessoas prefiram andar de bicicleta a sentar no computador para comandar um avatar num mundo imaginário. Me assusta pensar no Second Life como um "outro mundo para você fazer o que quiser e diferente de um game". Se fosse um game, estaria mais tranquilo pois sei que seria para entrar, jogar, se divertir e sair para namorar.

(Essa história toda me lembrou um episódio de South Park que eles definham em frente ao computador para ganhar o jogo. O original foi retirado do YouTube, mas dá para ter uma idéia aqui)

Links de 17/04

Dois links bacanas, já que faz tempo que não publico nada por aqui:











Aquarela do Brasil: trecho do filme "Saludos Amigos" da Disney, onde o Pato Donal visita o Brasil. Um Brasil esteriotipado e cheio de florestas e pântanos, mas de certa forma bem tratado.











Leão Verde 2007: Faça uma campanha convencendo o presidente dos EUA a assinar o protocolo de Kyoto. O prêmio? Uma viagem à França, para acompanhar de perto o Festival de Cannes.

segunda-feira, abril 16, 2007

Joost revolucionando a internet

Print screen do Joost


Há alguns meses muito tem se falado sobre o Joost, que, resumidamente, é um programa de transmissão de imagens de TV pela web. A vantagem que esse serviço tem em relação a sites como o YouTube é o fato dele respeitar direitos autorais, pois com isso conquistou a empatia de transmissoras como a MTV, que já fechou parceria com o serviço.

Hoje recebi um e-mail do serviço em resposta a minha inscrição de meses atrás para testar o programa. Impressionante. Não havia dado devida importância, e nem acreditava muito nas pretenções dos idealizadores, mas devo admitir que prende atenção, surpreende pela qualidade da imagem e empolga pensando que a TV vai ficar mais próxima do meu cotidiano.

Já existem vários canais disponíveis, como a MTV já citada, e tenho certeza que não demora muito para outros ganharem espaço nesse programa. Resta descobrir como a propaganda vai se comportar nesse serviço. Quem tem idéias para utilizar o Joost como nova mídia?

domingo, abril 15, 2007

Sobre todas as coisas



Uma das coisas mais bacanas da internet é o fato dela permitir que pessoas diferentes de vários cantos do mundo se comuniquem. Pode ser pra trocar informações, músicas, promessas, sonhos, dicas de viagem, de beleza, de livros ou até pra ajudar a escrever uma enciclopédia... Seja qual for o intuito, o fato de que essa interação não ocorreria sem a web é que é incrível.

Esses dias encontrei um blog que tem muito a ver com isso. O One at All. A idéia é simples. A cada semana é escolhido um tema e os colaboradores têm que escrever sobre ele. Tá, e a graça? A graça é que os autores são pessoas de diversos países (é escolhido um de cada país) e os temas são bastante abrangentes, de feriados nacionais a religião, passando por pena de morte e pontos turísticos. Assim, é possível conhecer a cultura de cada lugar através de uma ótica bem particular.

Infelizmente, apesar de 34 nacionalidades representantes, ele sofre da mesma sina de muitos bons projetos da internet. Começam com uma ótima visitação e participação, mas findada a excitação pela novidade, o acesso vai diminuindo e a empolgação idem.

As razões podem ser várias, mas isso fica pra outro post. Por enquanto, vale a pena dar uma olhada nos posts antigos e descobrir um pouco mais sobre locais tão distantes como Bagladesh e Burkina Faso...

Sim, a InternetRulez!

Quer saber mais?
BBC - collective
Twitter
MySpace

quarta-feira, abril 11, 2007

SP, capital do Cinema


É bastante simples: você compra um ingresso para qualquer sessão no próximo domingo (15/04), e, nesse mesmo dia, na segunda (16/04) e na terça-feira (17/04), você só paga R$ 3,00 por QUALQUER filme que quiser assistir.

Idealizado pelo SEECESP - Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas de São Paulo, o projeto São Paulo no Cinema contará com 297 salas de projeção, quase todas da cidade, e foi chupinhado diretamente da França.

Para os cinéfilos, será como açúcar no formigueiro.

Apesar de ser um projeto muito interessante e motivo de grande orgulho por parte de seus idealizadores, por que não é divulgado de maneira decente? Não entendo.

Uma ação dessas merecia, no mínimo, maior divulgação pela Web.

E você, o que acha disso?


Dica da Taís.

World Catalog










Adoro quando descubro formas diferentes de visualizar informações. Para os Arquitetos de Informação, este é um desafio constante e diário. Por menos aplicável que esta referência seja no desenvolvimento de um website, ela nos leva a pensar fora do quadrado e a descobrir informações que sequer teríamos interesse em buscar. Tudo ali, com um visual agradável e simples entendimento.

terça-feira, abril 10, 2007

O Marketeiro Puto #1

“IP IP UHA” a oportunidade perdida!

Durante os anos 90, um engenheiro chamado Tony Fadell fundou uma empresa chamada Fuse. Uma das idéias do Toninho era criar um aparelhinho pequenino que tivesse HD e tocasse música. Só que sua próspera empresa não foi pra frente e Fadell resolveu lançar o projeto dentro de uma grande empresa.

Foi aí que ele chegou a Apple, bla bla bla e todos sabemos que esse aparelhinho é o iPod, visto pela primeira ves na mão do Steve Jobs em Outubro de 2001. O iPod, que esta semana alcançou um número que impressiona: 100 milhões de cópias vendidas. E tudo isso em 5 anos! É quase o mesmo número de celulares vendidos no Brasil todo.


















Vale comparar, a internet alcançou o mesmo número de usuários em 10 anos! A TV então nem se fale...

E eu fico imaginando, se o projeto do iPod é dos anos 90, e se Fadell passou por gigantes como RealNetworks e Philips… será que eles comeram bola? Será?

(fonte: Wikipedia)

segunda-feira, abril 09, 2007

A Reunião

Gerente de marketing apresentando o planejamento de lançamento do novo produto. Toda sua equipe em silêncio, prestando toda a atenção.

- Gente, para promover o lançamento do novo produto, vamos investir 1 milhão de reais em revistas, jornais e rádio.
- Mas chefe, nosso concorrente está investindo 120 milhões de dólares este ano!
- Não tem problema, nosso produto tem um diferencial pra atual linha.
- Mas chefe – outro responde – todos os nossos concorrentes já tem este diferencial que a gente tanto fala há dois anos no mercado.

Vem a exclamação inevitável: - chefe, vamos investir em mídias alternativas!

A gerente faz uma cara de perturbada, não pelo absurdo que ela está propondo, mas sim por se sentir contrariada, no alto de seu orgasmo criativo. E segue com a reunião, ignorando seus colaboradores.

Acreditem, isso aconteceu. E deve acontecer em muitos outros lugares. E eu me pergunto, é incapacidade de inovar ou medo?

“The two reasons people say no to your idea:
"It's been done before"
"It's never been done before“ (Seth Godin)

Os concorrentes do iPhone

Depois da apoteótica divulgação do iPhone, feita espontaneamente pela mídia no início de 2007, parece que os outros gadgets "multidisciplinares" resolveram mostrar sua cara. O vídeo abaixo - produzido para o Nokia N95 - assume uma cara mais publicitária do que a campanha do aparelho da Apple e não deixa de fazer bonito.



Arrisco dizer que o iPhone demorar muito para ser lançado, encontrará um mercado já povoado por aparelhos ainda mais evoluídos.

Mais sobre o N95

quinta-feira, abril 05, 2007

Web 2.0 no supermercado

Outro dia encontrei um vídeo que mostra como seria um supermercado web 2.0, com tags, wiki, consumer generated content, ferramentas de avaliação, comunidade e aquele blábláblá todo. A produção é simples e ele não chega a ser engraçado, mas vale a metáfora.

quarta-feira, abril 04, 2007

Com açúcar, com afeto



Foi nas grandes cidades que o conceito de “Third Place”, o terceiro lugar para se estar, depois da casa e do trabalho, fez sucesso. Com a falta de tempo, a violência e as longas distâncias separando as pessoas, locais como bares, cafés e até salões de beleza se tornaram essenciais para que as pessoas pudessem conviver e trocar experiências.

Na época atual, o “Third Place” parece ter se mudado para o mundo virtual, com o uso cada vez maior de e-mails e comunicadores instantâneos. Apenas parece, porque a marca que ajudou a difundir esse conceito no mundo inteiro prova que ele ainda é um modelo de negócios de sucesso.

A Starbucks surgiu com o lema de ser o local em que as pessoas pudessem se socializar e encontrar um senso de comunidade fora dos lares e dos escritórios. Por isso é que as lojas são todas desenhadas para dar o máximo de conforto possível e que os funcionários são treinados para atender com a maior presteza.

A sua filosofia é baseada no respeito aos relacionamentos, não apenas com clientes e parceiros, mas também com os seus fornecedores e funcionários. Relacionamentos lucrativos que movimentam vendas de mais de US$ 7,5 bilhões ao ano, e que em 14 anos, fizeram as ações valorizarem em cerca de 6.000%.

Números impressionantes que poderiam ser citados por horas... É por tudo isso que ela é a maior rede de cafeterias do mundo, com mais de 13 mil pontos espalhados em 39 países. Howard Schultz, presidente da companhia, espera que esse número chegue 40 mil até 2012.

Basta visitar uma das 3 lojas no Brasil pra ver que ele não está brincando...

Quer saber mais?
Starbucks | Dicionário das Marcas
Starbucks | Central de Cases ESPM
The Third Place

segunda-feira, abril 02, 2007

E os Blogs Corporativos?

Muito se fala de blogs hoje em dia, mas um blog mal feito é tão ruim ou pior que uma equipe de linha de frente mal treinada, porque a informação passada pode tomar dimensões muito maiores. Podemos comparar um blog mal feito a um atendimento por telemarketing, frustrante não?


Antes de criar um blog, a empresa deveria entender o conceito e a razão de se criar uma abertura para conversar com os clientes na internet, e não criar por puro modismo. Tenho alguns péssimos exemplos de blogs corporativos, como o da Americanas.com que até tiraram do ar. O que eles postavam eram ofertas de seus produtos, somente isso. E o do Google? Particularmente eu acho horrível, o que é postado na verdade são press releases falando das novidades (principalmente do orkut). Onde já se viu um blog sem possibilidade de comentários? E as conversações onde ficam? Quem diria hein Google...

Mas claro que existem bons exemplos, como o da Tecnisa. Acho bacana porque são postadas informações relevantes sobre o mercado imobiliário em geral, e a participação dos colaborades é muito ativa, respondendo as críticas e sugestões dos consumidores com muita agilidade e de uma forma muito humana, e não robotizada.

Mas com certeza o melhor exemplo que vi até hoje foi da Dreamhost, uma empresa de hospedagem de sites. Durante um período de três semanas, eles tiveram sérios problemas com os data centers e obviamente os sites hospedados foram prejudicados. A primeira reação dos clientes? Revolta total, porque teoricamente isso não deveria acontecer, mas a postura da empresa em relação ao problema e a forma transparente como eles detalharam e resolveram o problema gerou uma reação muito bacana frente aos clientes, é só dar uma olhada nos comentários e ver a resposta da galera. Acredito que a melhor forma de utilizar um blog é exatamente essa, criar um ambiente transparente para os consumidores e abrir espaço para um diálogo, coisa praticamente impossível com empresas travadas que utilizam o telemarketing como única forma de contato. Tendo essa abertura, é possível aplicar a estratégia de marketing alinhada com as ações de Relações Públicas, criando um um cenário de confiança para os consumidores e propício para influenciar em suas decisões de compra.

E o blog da Nextel, quer dizer, do Pimentel, o que vocês acham hein?

Macromistificação


A maior tendência atualmente é a de se identificar novas tendências.

Essa foi uma das palavras ditas na terça-feira, dia 27 de março, no Café Sociológico promovido e realizado pelo Observatório de Sinais, em São Paulo, cujo tema foi Macrotendências ou "Macromistificação"?.

Na reflexão realizada por Dario Caldas, Kathia Castilho (doutora em comunicação e semiótica, PUC-SP) e Sérgio Lage (mestre em sociologia do consumo, USP), falou-se sobre a confusão acerca do conceito macrotendência, que, por vezes, é utilizado para designar tendências de moda, ou ainda grandes tendências, banalizando e menosprezando a difícil tarefa dos profissionais de pesquisa. Esse é um dos sinais da esfera de superficialidade do “snack culture”, cuja instabilidade e constante transformação, na verdade, desafiam grandes marcas e agências de publicidade, que têm apostado no CGM como uma boa alternativa – apesar de também haver aqui certa confusão (aliás, esta foi uma questão bastante discutida no PRÓXXIMA 2007 e em quase todos os grandes blogues de comunicação – vale conferir aqui).

É importante para um profissional identificador de tendências (ou melhor, identificador de sinais), o mapeamento, a genealogia das tendências, pois o ponto de referência, ou o sentido, só aparecerá a partir do momento em que haja relação/junção dos sinais. Usando o mesmo exemplo do Caldas, é como naqueles livros infantis de desenho: o urso só ficará visível se os pontinhos forem ligados corretamente.

Não se deve confundir desejos com tendências. Quem aí deseja ter um Iphone? Pois é, eu também, mas não é por isso que se cria uma macrotendência de "vendas de Iphone".

Essa identificação de tendências exige método, ou seja, não há espaço para “achismo”: macrotendências funcionam sobre temporalidades longas, devem ser entendidas como fluxos (e não ciclos), são resultado de uma teia de significações e sua força se faz por meio de sua capacidade de contar uma história, de ser relevante.

Pode-se dizer também que macrotendência é a produção articulada entre a vida social e o mercado, é algo entre o real e o ideal, com conteúdo criativo. Preste atenção! Eu disse vida social. É o “paradoxo das conseqüências” de Weber: apesar da reclusão ser uma das características do fenômeno WLM, ORKUT, BLOGUES, MMORPGs e afins, quanto mais tendemos ao individualismo, mais precisamos de afeto.

Vivemos no momento das microrevoluções: think global, act local, por favor!

Comportamento fica para outro post.

domingo, abril 01, 2007

Notícia de jornal



O jornalismo está em crise. Previsões fatalistas dizem que os jornais e as revistas não existirão mais com a crescente importância que a internet tem conquistado como fonte de informação e cultura. Ela é mais rápida, mais abrangente e muito mais democrática.

Os grandes nomes editoriais têm se mexido para correr atrás do prejuízo. A Folha e a Time fizeram mudanças no projeto gráfico e na forma de pensar para tentar cativar uma nova geração virtual e individualista. O The Guardian já anunciou que vai colocar as notícias na rede antes de imprimir no jornal. Alguns já jogaram a toalha e decidiram fechar, antes que a internet feche com eles.

É que com os blogs, comunidades colaborativas e demais espaços pessoais, os jornalistas foram perdendo espaço. Existe até um novo termo: jornalismo open source, para a produção e publicação de informações de modo colaborativo, como o coreano OhMyNews e o brasileiro Eu, Repórter, da Globo.com.


Os profissionais da área protestam. Porque agora, qualquer um pode escrever o que quiser, da forma que quiser, sem precisar de um diploma ou um crachá numa grande veículo de comunicação. Sem querer desmerecer a profissão, acho que o problema é outro.

É preciso ter cuidado... Se por um lado, a web permitiu que muitas pessoas tivessem acesso a uma enormidade de conteúdo de todo o tipo, por outro, ficou muito mais difícil filtrar as informações e separar o joio do trigo. Se a internet não tem um rosto, como será possível acreditar na veracidade daquilo que lemos?

Quer saber mais?
Jornalismo Digital
internet jornalismo revolução | Digestivo Cultural
Como o jornalismo brasileiro absorveu a internet | Webinsider